BUCÓLICA
Sem proferir uma queixa
Beijarei a minha gueixa
Linda gentil e serviçal
Corpo sedoso e material
Deusa dos meus sonhos
Uma dádiva materializada
Mulher com olhos risonhos
Quero perpetuar em concha
Longas noites nesse orvalho
Nos campos ser o espantalho
De corvos águias e pássaros
Sentir o cibilar do nosso trigo
Em correntezas de ar fresco
Cheirar a doce palha contigo
E gemer cantigas de amor
No torpor do nosso abrigo