Sertão dos sonhos

É nobre o movimento dos ventos

Que há tempos trazem meu alimento

O canto dos pássaros ecoa.

A pureza do campo é árdua.

Os peixes saltam pela lagoa

e as ovelhas comem a mata.

O simples manejo da enxada

é o mesmo dom da palavra.

Escrevo linhas enquanto descanso.

O serviço é pesado,

é difícil trabalhar no campo.

Tenho uma vida solitária.

Eu, minhas ovelhas e algumas navalhas.

O que eu preciso está aqui.

Planto e colho o que você compra ali.

Meu quintal é belo.

Tem cabras, alface e caqui.

Sou filho da natureza.

Criado e nascido no campo,

todos os dias me convenço da sua beleza,

e a cada segundo me envolvo com seu encanto.

Sou uma semente humana

Jogado na grama

Predisposto a prosperar.

Sou trabalhador e criador.

Criador dos meus animais.

Aqueles que pra mim são únicos

e na vitrine do açougue para vocês são iguais.

Esse é o lugar dos meus sonhos.

Esse é um lugar onde

Joaquim Ramos,

É o meu nome.

Caio Vieira
Enviado por Caio Vieira em 12/02/2015
Código do texto: T5135470
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