"Êssa"

Essa...

Que de repente apresenta-se valente,

Mas impotente ao seu querer.

Essa...

Que aparece flor espontânea,

Minha cúmplice,

Conterrânea nas poesias do viver.

Essa...

Que aos poucos domina, devasta e destrói,

Que arrasa o peito e o sentimento constrói,

Que reina forte como a rosa púrpura,

E de certezas preenche as dúvidas,

E de verdades, a mentira corrói.

Beleza, pureza, voracidade, desejo,

Febre e fetiche em pele de pêssego,

Tormentas e virtudes sem que apareça,

Gritem: “Isso”. Gritem: “Essa”.

Mas meu grito é: Êssa!

(Bruno Mariano Cavina)

Bruno Mariano (Gardeniro)
Enviado por Bruno Mariano (Gardeniro) em 31/05/2007
Reeditado em 21/07/2009
Código do texto: T508951
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