"Êssa"
Essa...
Que de repente apresenta-se valente,
Mas impotente ao seu querer.
Essa...
Que aparece flor espontânea,
Minha cúmplice,
Conterrânea nas poesias do viver.
Essa...
Que aos poucos domina, devasta e destrói,
Que arrasa o peito e o sentimento constrói,
Que reina forte como a rosa púrpura,
E de certezas preenche as dúvidas,
E de verdades, a mentira corrói.
Beleza, pureza, voracidade, desejo,
Febre e fetiche em pele de pêssego,
Tormentas e virtudes sem que apareça,
Gritem: “Isso”. Gritem: “Essa”.
Mas meu grito é: Êssa!
(Bruno Mariano Cavina)