O que falta eu?
Não tenho contos afinados, não há mais pra onde orar
Não me fiz de santificada, nem de idolatrada
Somente o coração que olha pro céu azul cheio de nuvens,
Ás vezes ele fica carregado por chuvas e nuvens cinzas
Sonos de vozes ecoando o canto vazio,
Vozes que são tão profundas e egoístas quanto eu em momentos seculares
Ontem foi o dia do choro, da impiedade de uma alma seca, que precisa de água da chuva
Ontem foi o dia mais ingrato do tempo perdido mais infame de uma hora inteira
Meu lado frio e sem condições de rastejar por socorro
Está quase sem um gancho de voz e sentido pra caminhar na areia do mar,
São coisas que acontecem e que não tem volta
Sendo meu suspiro de acordar e me deixar levar
Por um diferente que não se encontrou dentro do seu lugar
Olhe pra você agora,aí sentada em um balanço sem sal da própria vida
Olhe pro que se fez um entorno sem condições de lutas de glórias conquistadas
Você pode até sentir nojo do que sente de dentro pra fora
Só que suas atitudes podem dizer a verdade pra você
Não há mais méritos pros sonhos frustrados
Não há mais certezas pras certezas incertas de um dia pior ou melhor
Há mais atitudes pra se entender o que foi que está sentido falta,
Desespero pra que se aconteça algo de lúcido em sua vida,
Para que não cai no seu esquecimento
Para que não vá de si mesma
Para que não se esconda feito uma condenada
Feito morcego com incômodo da luz.