FRAGMENTOS DO TEMPO
Eita saudade danada!!!!!
Da velha porteira de tábuas largas
Que rangia quando aberta
E batia, se fechada, com um som rouco e melodioso
Ecoando pelo pasto...
Do curral cheio de gado, mugindo na madrugada...
Cheiro de estrume fresco misturado com o de melado.
Do cerrado buliçoso
Do capim todo orvalhado...
Daquele galo altivo, saudando o alvorecer...
Do cacarejar das galinhas, no quintal vasto e florido...
Daquela horta pequenina, verdejante e perfumada...
Das laranjeiras floridas
Como alvas noivas enfeitadas...
Dos lírios do brejo cobrinho o verde úmido,
Onde borboletas amarelas, rodopiam alucinadas...
Do monjolo saudoso nas noites embalando os sonhos...
Do córrego pequenino cortando o quintal e o pasto...
Daqueles luares argênteos, deixando magia no ar...
Dos pirilampos levados...
Do canto triste de uma coruja,
Na cumeeira da velha casa
Lembrando que tudo passa, e que a morte nunca atrasa!!!!!!