NICANOR VOLTOU
Nicanor voltou.
Em outros braços Florisbela ele encontrou.
Oito anos se passaram e nenhum bilhete ele mandou
Florisbela chorou, chorou e nenhuma lágrima restou.
As flores belas murcharam, secaram, acabaram
A janela para sempre ela fechou.
Mas, uma nova estação surgiu trazendo Apolinário
Com um sorriso e uma flor em botão
Ele mexeu novamente com o seu coração.
A janela se abriu e do botão brotou uma nova flor.
Florisbela radiante seu jardim renovou.
Mas Nicanor de malas na mão
Com outra flor em botão
Chegou para não mais voltar.
E agora Florisbela, como vai ficar?
Apolinário de um lado, com seus olhos azuis brilhando de amor
E Nicanor de outro, suplicando perdão.
E Florisbela disse – aquele que não me fizer chorar,
Será com esse que irei ficar.
Apolinário logo se apressou em molhar as flores belas
Do jardim de Florisbela - rosa, roxa, alaranjada e amarela.
De repente uma nova flor nasceu, azul da cor dos seus olhos
E Florisbela percebeu, é com Apolinário que quero ficar.
Nicanor sentiu que nunca mais teria Florisbela.
Pegou as malas, fechou a porta, sumiu e ninguém mais o viu.
E as novas estações vieram
Trazendo mais flores belas
Para o jardim de Florisbela
Rosa, roxa, azul, alaranjada e amarela.
Esta poesia é a continuação de FLORISBELA NA JANELA.