NICANOR VOLTOU

Nicanor voltou.

Em outros braços Florisbela ele encontrou.

Oito anos se passaram e nenhum bilhete ele mandou

Florisbela chorou, chorou e nenhuma lágrima restou.

As flores belas murcharam, secaram, acabaram

A janela para sempre ela fechou.

Mas, uma nova estação surgiu trazendo Apolinário

Com um sorriso e uma flor em botão

Ele mexeu novamente com o seu coração.

A janela se abriu e do botão brotou uma nova flor.

Florisbela radiante seu jardim renovou.

Mas Nicanor de malas na mão

Com outra flor em botão

Chegou para não mais voltar.

E agora Florisbela, como vai ficar?

Apolinário de um lado, com seus olhos azuis brilhando de amor

E Nicanor de outro, suplicando perdão.

E Florisbela disse – aquele que não me fizer chorar,

Será com esse que irei ficar.

Apolinário logo se apressou em molhar as flores belas

Do jardim de Florisbela - rosa, roxa, alaranjada e amarela.

De repente uma nova flor nasceu, azul da cor dos seus olhos

E Florisbela percebeu, é com Apolinário que quero ficar.

Nicanor sentiu que nunca mais teria Florisbela.

Pegou as malas, fechou a porta, sumiu e ninguém mais o viu.

E as novas estações vieram

Trazendo mais flores belas

Para o jardim de Florisbela

Rosa, roxa, azul, alaranjada e amarela.

Esta poesia é a continuação de FLORISBELA NA JANELA.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 02/11/2014
Reeditado em 03/11/2014
Código do texto: T5020740
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