O choro das águas
E choram as águas melancólicas
E rolam as brumas bucólicas
O amor já não reina
Os destinos se contrariam
Os segredos são ameaçados
Não se tem mais liberdade
As águas estão revoltas
Por isso elas choram
Por isso elas rolam
Fazendo coroas de espuma
E a virgem se deleita nessas águas
Esperando que elas a possua
O amor aquece todo o seu corpo
Sente-se trêmula
Sua pele queima
Então se atirou nas águas
Por se sentir sozinha
Para sentir-se possuída
E lânguida vai por aquelas águas
Águas da paixão
Águas que rolam
Águas que choram
Que se afogam em si mesmas
Em prol da tristeza da virgem.
Autora : Margareth Rafael
A poetisa de alma branca