Minha pombinha-galega
*Elias Alves Aranha
A pomba-galega costariquenha,
Quis também ser brasileira,
Em são paulo pomba-dourada,
No litoral sul é pomba-pocaçu,
No mato grosso veio fezer morada,
Pomba-santa-cruz, pomba-verdadeira,
Pomba-legítima, pomba-mineira,
Pomba-do-ar , pomba-gemedeira.
As vezes fico admirando,
Com um binóculo observando,
Desde o alto da cabeça bem acabado pescoço,
Aqui ela é o meu encanto é um colosso!
De plumagem cinza-azulado,
A nuca de reflexos metálizados.
Manto e peito da cor do vinho.
Então me ponho a compor versinhos.
Pombinha de beleza rara.
Penas da cauda pardo-claras.
Vem da orla da mata pousar no meu quintal,
Com um rápido movimento lateral,
Movendo-se na terra sobretudo,
Com passinhos rápidos miúdos,
Para a cabeça a cada passo dado,
A fim de que as cercanias seja melhor obsrvada.
Após o macho encontrar a fêmea e galar,
Sai do campo para me visitar,
Em locais bem visível primeiro,
Pousa no alto do meu cajueiro,
Vem quase sempre solitária ou com o seu par,
Na sombra das árvores do quintal vem alimentar,
Numa bacia de politileno banha-se bastante,
Enquanto registro esse raro flagrante.
Da granívora e frugívora se alimenta
Dos frutos caídos extrai sementes em fendas.
Se outro aproxima o machos briga em disputa acirrada,
Durante o cortejo ele faz reverências à sua amada.
Em todo o brasil ela está presente
Aqui é minha visita constantemente,
Vem sempre comer o cereal que deixo para ela,
Como a prudente ave quero encantar minha pombinha-bela.