(O BEATO) SANGRANDO NO CAMPO
Galhos arrancam nacos
de minha pele pecadora.
Trêmulo, ensandecido, corro
por entre folhas gris.
Beija-me a fronte
o vento frio da morte.
Não posso parar,
não posso sorrir.
À beira do lago, vi
as tuas vestes guardadas.
Olhei para as águas:
teu corpo fluía.
E tua nudez encobria
qualquer brilho de sol.
Em trevas, fiquei,
a alma no inferno.
Fiquei longos minutos
a, escondido, te observar.
No Livro da Vida,
uma dura advertência:
"pecaste com os olhos.
E dos olhos, desceu
para a tua pele
a gosma do pecado!"
Mas tua nudez, por quê?
Por que leva alguém
ao inferno do pecado
se parece
uma imagem perdida
do paraíso?
Galhos arrancam nacos
de minha pele pecadora.
Trêmulo, ensandecido, corro
por entre folhas gris.
Beija-me a fronte
o vento frio da morte.
Não posso parar,
não posso sorrir.
À beira do lago, vi
as tuas vestes guardadas.
Olhei para as águas:
teu corpo fluía.
E tua nudez encobria
qualquer brilho de sol.
Em trevas, fiquei,
a alma no inferno.
Fiquei longos minutos
a, escondido, te observar.
No Livro da Vida,
uma dura advertência:
"pecaste com os olhos.
E dos olhos, desceu
para a tua pele
a gosma do pecado!"
Mas tua nudez, por quê?
Por que leva alguém
ao inferno do pecado
se parece
uma imagem perdida
do paraíso?