Caminho (ou Ninho de Poesia)
Meus olhos se abrem
É manhã novamente
No leito a paisagem ausente
De quem ao meu não vem...
Temo então mais esse dia
Que não sei ser de alegria
Um dia como outro qualquer
Com o clima que dele se fizer
Ando sem destino
Nem sei mais pr’onde vou
Nem sei mais onde estou
Apenas sigo...caminho (sozinho)
Minh’alma sentes tua falta
Falta tant’alma em meu corpo
Alma tua que aqui não estás
Onde sem calma, meu coração jaz
Jazigo, abrigo amigo
Da felicidade e da esperança
E nessa louca dança
Nem sozinho fico mais...comigo
Transformo tudo que vejo
Faço magia com o dia
Olho tudo e vejo poesia
Ouço música do realejo
Mas teus olhos junto aos meus
Não tenho mais, se foi, desapareceu
Precisava tanto do sorriso teu
Que cansei até de pedir a Deus
O caminho faz sozinho
E caminhando vou seguindo
Tentando e nem sempre conseguindo
Fazer da poesia o aconchego do meu ninho
(Fabrízio Stella – 24/05/2007)