BUCÓLICO - PARTE 2

E vieram todos para a festa da natureza,

pássaros de todas as cores, misturavam

Seus cantos em rimas de beleza,

E acompanhando, as folhas dançavam,

Tendo sempre a brisa por aliada,

As flores, cheiro de mato molhado,

A floresta inteira perfumava,

Nesse puro ambiente encantado,

Até onde a vista pode enxergar,

A natureza espalha-se, frondosa,

Entre os raios de sol a penetrar,

Entre a sombra amiga, tão bondosa,

Os bichos chegam-se, saltitantes,

Para alimentarem-se e aos filhotes,

Seguem sua rota itinerante,

E desaparecem aos pinotes...

E assim, entre tanta atividade,

Prossegue essa faina do corre-corre,

A vida segue, e em sua verdade,

O bicho que não come, sempre morre,

E quando de fato o dia vai embora

E a festa só vale para quem viu,

E que já vai o alto da hora,

Vai chegando aquele que partiu,

É a noite que chega, imponente,

Trazendo as trevas ao espaço,

Os diurnos se recolhem, somente,

E os notívagos chegam-se ao pedaço,

As corujas que piam inclementes

Os morcegos, que voam antenados,

Os duendes e gnomos, fadas inocentes,

Aparecem nesse espaço já mudado,

Ah, mas daí...já extrapola o bucólico,

Passamos ao mundo irreal, tão falado,

Bem melhor do que este, melancólico,

De um mundo tão belo e harmonizado...

Ray Scott
Enviado por Ray Scott em 13/10/2014
Código do texto: T4997230
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