Chão de barro
"Meu deus", estou pensando
"Que fome", estou esperando
Em meio ao calibre , salta o colibri
E no céu se estraçalhando
Perdendo todo o encanto
e o homem ainda ri
"Botina", esmagadora
12 pares de olhos
Espiando pelas cercas
E por mais que o barro os engula
Até a metade dos ombros
Não posso pisar em suas cabeças
Sou o medo e a fragilidade
Entre o branco da farinha e o vermelho da luta
Não tenho força pra lutar
E tu não tens piedade
Apenas ódio inata
E que dá descarga depois de pensar.