Chão de barro

"Meu deus", estou pensando

"Que fome", estou esperando

Em meio ao calibre , salta o colibri

E no céu se estraçalhando

Perdendo todo o encanto

e o homem ainda ri

"Botina", esmagadora

12 pares de olhos

Espiando pelas cercas

E por mais que o barro os engula

Até a metade dos ombros

Não posso pisar em suas cabeças

Sou o medo e a fragilidade

Entre o branco da farinha e o vermelho da luta

Não tenho força pra lutar

E tu não tens piedade

Apenas ódio inata

E que dá descarga depois de pensar.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 10/10/2014
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