AMORES nascem, vivem, morrem

NASCEM os amores cúmplices nos extremos

da terra, e contornam o sol das montanhas.

Ali se escondem em nesgas e entranhas;

esperam a guarda de deuses supremos.

VIVEM outros amores em apêndices rotos...

Quase nada pra ser lido, sequer ato funesto.

Quais cães desgarrados dos donos mortos

Sobrevivem à agonia muda de um infesto.

MORREM súplices, no descuidar dum afeto,

quem imaginou-se ser, um ser sempiterno.

Não morre assim, perdido e solto - exceto,

aquele que fez parceria com o Deus Eterno.

Vania Viana - 01.09.2014

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Enviado por vaniaviana em 16/09/2014
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