SOMOS NADA
Por trás dos nossos olhos
Só há cemitérios e moscas varejeiras
A vela que aos mortos acendemos
É a mesma vela que seguramos
E que aos poucos em lágrimas enceradas se esvai
Representando a nossa nauseabunda vida
O oxigênio que faz a chama decrepita viver
É o hálito de Deus nosso maior patrimônio
Sem a qual a vela irmanada do sonho
Faz-se duramente escurecer e morrer...