A DAMA DAS CEREJAS
Formosa dama, com beleza de cerejas,
que em meu caminho pões os teus ligeiros pés
a contornar me obrigas bem de lés a lés
o espaço que me toca p’ ra que me não vejas.
Não é que eu não saiba que liberta estejas,
outrossim livre de prisões eu sei que és,
mas há da minha parte coisas que não vês
que são impedimento para o que desejas,,,
Maria, também tu, que exibes qualidades
virtudes e saberes e outras realidades,
deixa que se revelem bem minhas razões…
Há mister que o tempo possa amadurecer
toda aquela doçura que nos dá prazer
como as cerejas dão aos nossos corações.
…………………..
Este soneto é feito após haver tortura,
granizo e muita água, e esta sem ventura,
no meu país com cerejais e tradições !
Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE