AS BOTAS

Ao passar por uma estrada

Bem nas bordas do mato

Havia um par de botas

Que pareciam estar perdidas

A quem será que pertenceram

Aquelas botas gastas

Envelhecidas pelo tempo

Sujas de lama e poeira?

Queria conversar com elas

Sem lhes invadir a intimidade

Perguntar se estavam perdidas

Ou se iriam para a cidade

Mas como? Sozinhas?

Será que buscavam por seu dono

Ou apenas aventura e um pouco de felicidade?

Não seriam felizes nos campos

Mas seriam nas cidades?

Pobres botas iludidas

Abandonar a magia dos campos

Pelo burburinho da grande cidade...

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24.07.14

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 24/07/2014
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