Lago de inverno
Nas águas cristalinas da alma invernal,
O frio severamente se espelha divinal.
São as águas das lágrimas amenas,
Que agora repousam frias e serenas.
À margem serena do lago invernal,
Repousa a velha árvore de memórias.
Emoldurada em uma forma edênica,
Em um céu púrpuro de nuvens âmbar.
Na velha árvore despida de folhas,
Onde antes na alegre primavera
O rouxinol abria as asas em cantos
E espalhava doçura juntos as flores.
Agora descolorido pelo frio hibernal,
A paisagem se acalenta de saudades.
O tempo que atravessa rígido e brando,
E o vento gélido vem doce abraçando.
Como és esplêndido, delicado e frio,
Este lago de inverno etéreo e sombrio.
A beleza é invernal, passiva e tranquila,
Nesta foto de uma memória invernal.