Lago de inverno

Nas águas cristalinas da alma invernal,

O frio severamente se espelha divinal.

São as águas das lágrimas amenas,

Que agora repousam frias e serenas.

À margem serena do lago invernal,

Repousa a velha árvore de memórias.

Emoldurada em uma forma edênica,

Em um céu púrpuro de nuvens âmbar.

Na velha árvore despida de folhas,

Onde antes na alegre primavera

O rouxinol abria as asas em cantos

E espalhava doçura juntos as flores.

Agora descolorido pelo frio hibernal,

A paisagem se acalenta de saudades.

O tempo que atravessa rígido e brando,

E o vento gélido vem doce abraçando.

Como és esplêndido, delicado e frio,

Este lago de inverno etéreo e sombrio.

A beleza é invernal, passiva e tranquila,

Nesta foto de uma memória invernal.

Érica Rosa
Enviado por Érica Rosa em 21/07/2014
Código do texto: T4890451
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