Serenata à lua
Ó lua da boêmia,
Que vives no céu a vagar!
Entra a noite, passa o dia,
E tu não queres descansar.
Lua, amada lua!
Porque tu vives assim?
Porque no céu tu flutuas,
Com brilho, bonita, sem fim?
Vives a mercê do sol,
Que fica a te aquecer
Da aurora ao arrebol,
Na noite, no amanhecer.
Ó lua, eu canto agora!
Prá bailar teu movimento.
Pois, percebo, desde outrora,
Que és quieta no firmamento.
Ó lua, és enamorada!
Tua luz, vem me brilhar.
E ficas aí, enfeitada,
Com estrelas a beijar.
Que pena lua, a cantiga,
Neste momento, se encerra.
Mas, fiques aí, minha amiga!
Iuminando a terra.