MANHÃ DE INVERNO
Bem cedo ao me despertar
Acendo a luz das cortinas
Pros meus olhos segredos
Guardados às nuas esquinas...
E do aconchego me movo
Pra conhecer o outro dia
Pousando num vento frio
Do novo inverno, a estação...
A bruma desse arrebol
Que encobre vales e montes
Esconde os raios do sol
Lá por detrás do horizonte...
Blindando o intenso calor
Molha o sereno a folhagem
Das verdes matas ocultas
Sob a cândida camuflagem...
Essas bolhas caídas ao chão
Brotadas duma doce neblina
Nutrirão distintas sementes
A estimular distante o verão...
Quão luzes pras minhas retinas
Que iluminadas as podem ver
São ilustres vidas pequeninas
Que agasalham o amanhecer!
Autor: Valter Pio dos Santos
16/Mai/2014