AS SEIS DA MANHÃ

Com o orvalho na noite

Aurora se esvai

São seis horas da manhã

Ouço o cantar galo

E do sino ouço badalos

Que vem do lado de fora...

Dos olhos abro as cortinas

Para o sono se desarticular

E permitir às retinas

Poderem de novo avistar

Um novo dia que surge

Para me acompanhar...

Com as comportas libertas

Também vejo entrar

A lucidez deste dia

Pelas frestas abertas

Das janelas e portas

A elucidar o meu lar...

Tudo o que vejo seduz

E a luz acesa conforta

O brando canto das aves

E um beija-flor no jardim

Sentindo o doce perfume

D’um majestoso jasmim...

Ao ver nascer este dia

Pleno de tanta ternura

Disseminada no ar

Tamanho é meu contemplar

Que ao coração alivia

A encantar meu olhar!

Autor: Valter Pio dos Santos

08/Mai/2014

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 08/05/2014
Reeditado em 08/05/2016
Código do texto: T4798732
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