CACOS DE COCÔS
Antes eram cacos de cascas
E frutos da natureza em festa
Eram sonhos de soinhos com caças
Abaladas nas balas de um caçador
Depois vieram cacos de pote e de telha
De latas, de litros na bateia
Mais cacos de vidro e de louça
E sempre os cacos de côcos em cocôs
E as latas, latinhas latrinas
Espertos espetados espetinhos
Os restos mortais de comida
De outros cavalos e éguas em novo cio
Desmanchando a nascente, triste mente
Assim sugando o nosso suco natural
Buscando matar o nosso rio
De forma patética e boçal.
Deixem o rio viver
Deixem o rio correr
Sério! Ser rio.
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Ao Rico rio das Éguas, rio Correntina.- Salvador-BA, 05-05-2014