A MAQUINA DO TEMPO
(A Minha infância levou)
Por Marcelino Rocha (Refeito)
 
Andava descalço, pisava na lama,
Jogava “ferrinho” e achava bacana.
Rodopiava junto ao “Pião”
Pulava corda...
“Sal pimenta querosene, bota fogo”.
Tinha o “Bilboquê”
O “Corrupio” feito com barbante e champinha de refrigerante.
O carrinho de latas cheio de areia amarrado com barbante
“Pernas de pau”,também era um brinquedo legal.
O “Pe de latas” um barbante e duas latas de leite em pó.
Nosso celular?
Um barbante e duas latinhas pra falar
E ela gritava:
“MENINO DESÇA DAÍ, VOCE VAI CAIR”
Era minha avó quando pegávamos “ponga” na carroça do “Veio Zé”
Bebia água de poço,
Nascentes,
Córrego que passava em frente à casa da gente.
Subia em arvores,
Tarzan era ídolo e nunca estávamos sós.
Soltava pipas...
Mandávamos “telegramas” pelo ar.
Juntava a turminha em volta de um enorme garrafão,
Riscado em frente a minha casa,
Que era um enorme Barracão...
Era tudo comunhão
Jogávamos bola no campinho,
Eu (Pão Cilindro), Macaquinho, João bolota, Catingão...
A turma toda tinha apelido...
Buling?
Tinha não
Era gol pra todo lado e todos eram abraçados.
Amarelinha era pulada junto com as mininhas
Que gostavam de pular elástico,
Mas brincavam também de queimada,
Onde todos levavam boladas.
Tinha também a “pular sela”,
Que tinha também o nome de “Carniça”
As Bolinhas de Gude era mais pra meninos,
Mas algumas gurias jogavam por ficar insistindo.
Tinha uma brincadeira que deixava a gente avexado
“Pêra, Uva, Maça ou Salada Mista...
Era um aperto de mão, um abraço, um beijo ou tudo junto,
E não tinha opressão
Tinha uma outra brincadeira...
Nome, Lugar, Objeto, Fruta, Cidade...
Era escolhida a Letra e quem acertasse ganhava 5 pontos
Tinha também uma para as noites de frio..
“Sinhô!
”Sinhora?”
“Ta aqui esta flô que aquele Sinhô mandou entregar para aquela Sinhora.”
Era tudo fantasia!
Sem realidades amargas.
Noticias ruins?
Sinto muito não tínhamos...
Pois sem telefones,
Celular,
Internet...
Mamãe pra chamar a gente...
Era somente abrir o portão, sair à rua e GRITAR...
E de longe ouvíamos seu chamado ecoar.
A vida assim transcorria
Vivíamos feliz
Vivendo um dia de cada vez...
E éramos crianças...
Felizes mesmo assim!
Que nossas crianças de hoje tenham aqui neste breve relato uma chance de voltar ao passado e chamar seus Pais para brincar.