Véu e Razão
Pela janela um olhar cega de ver.
Em nada vendo, tudo à crer.
São formas que paradas passam.
No mais delicado arrasto,
Deixam marcas ao nascer.
Vão-se formas das mais bizarras.
Não raras são as araucárias vestidos,
Armados, com os fundilhos apontados pro céu.
E nada se arrasta, tudo passa,
Quanto se afasta o véu.
Não basta desmerecer este olhar cego.
Tendo visto tudo o que viu.
No apego guarda volumes cheios, fechados.
São fórmulas, triângulos, quadrados...
Emprateleirados no empório da razão.
Pela janela segue o arrasto.
Onde não se apresenta vestido, taças.
A campina ondulada passa.
É minha terra, meu lugar.
Se tiro o olhar vejo-me a vigiar.
Mas são só meus olhos, fixados no arrasto.
Não para pra pensar no pasto. Sigo o rastro.
Sentado confortavelmente meu olhar se perde.
No verde, na forma, pois não sou casto.
Ele por outro, se descobre nobre, vasto.