OS DOIS CANTORES

Andam vozes na ribalta

Pela fresca madrugada

Toda a terra se exalta

Em melodia encantada.

Abrem os olhos à aurora

O melro e o rouxinol

Põem do bico pra fora

Um canto a chamar o sol.

Num sonoro estridente

O melro mostra figura

E o rouxinol competente

Dá sentido à partitura.

Batem às portas ao dia

Mais ninguém pode dormir

Chega a luz, chega a alegria,

E a terra fica a sorrir.

Já não há tempo a perder

Há mesmo que levantar

E antes do sol nascer

Começa-se a trabalhar.

São a mais bela aliança

Estes cantores primorosos

Nasce a vida e a esperança

E os homens ficam briosos!

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 23/03/2014
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