Transformação

Mãos estendidas, deslizando

sobre a face, os dedos

como se tentáculos fossem,

tênues e insistentes.

Num vai e vem frenéticos

a procura de aconchego,

abrigando sem delongas

um coração carente.

A cada segundo passado

a ansiedade aumenta,

ampliando também a dor

do sofrido coração.

Fazendo-nos repensar

o passado em câmera lenta,

tentando obter respostas

para a tal transformação.

Lembranças passadas que

para algumas coisas serviram,

e o que hoje ainda resta

cabe num pequeno embrulho.

Era castelo de areia e ruiu

o meu sonho de futuro,

em seu lugar o que restou

foi um punhado de entulho.

15/07/2012 Fim

Filêto
Enviado por Filêto em 22/02/2014
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