Transformação
Mãos estendidas, deslizando
sobre a face, os dedos
como se tentáculos fossem,
tênues e insistentes.
Num vai e vem frenéticos
a procura de aconchego,
abrigando sem delongas
um coração carente.
A cada segundo passado
a ansiedade aumenta,
ampliando também a dor
do sofrido coração.
Fazendo-nos repensar
o passado em câmera lenta,
tentando obter respostas
para a tal transformação.
Lembranças passadas que
para algumas coisas serviram,
e o que hoje ainda resta
cabe num pequeno embrulho.
Era castelo de areia e ruiu
o meu sonho de futuro,
em seu lugar o que restou
foi um punhado de entulho.
15/07/2012 Fim