"Berceuse"

O vento abraça

as cortinas.

Inebriado,

em total desalinho,

esbarra nas flores

pelos caminhos,

e faz das varandas

um templo encantado.

Perfumes antigos,

sorrisos desarmados.

Tudo vem bailando,

nas folhas do outono

e sobre o tapete vivo,

pássaros passeiam

tranquilos e

apaixonados.

As camélias se preparam

para o festival de inverno.

E sob o olhar terno

dos raios do sol,

uma borboleta azul

pousa na branca flor:

um céu de asas

que faz amor.

(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 30/04/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T470090
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