NADA MAIS
Nada mais
Vejo a chuva sobre o asfalto
Doces vozes bailando alto
E em meus velhos ouvidos,
Perfilando-se em melodias
Uma estranha voz me dizia:
- A cada passo, menos um dia.
Vejo a chuva sobre plantas
Amargas vozes suplantam
Lembranças, sensações antigas
E o escorrer de uma lágrima,
Uma única, por meu rosto ainda,
Traz a sensação do que já não resta
Vejo tudo cair, mas nada sinto
Doces sonhos perdidos no infinito
E nada mais resta...
Nem palavras....
Nem sorrisos...