Poesia
-Tristes janelas da minha vida-
Nas janelas tristes da minha vida
Deleita-se a minha alma inquieta
Onde estás ó minha alma solitária
Que ainda não encontrou a sua alma gêmea?
No silêncio da tristeza e melancolia
Divagas sussurrando a prece de cada dia
À vezes uma alusão à Ave-Maria
Parece que já não vive mais nesta vida
Está ansiosa por alçar voos longínquos
Está melancólica que desejarias encontrar-se debaixo de um pé de laranjeiras
Perto do mar, natureza e cachoeiras
O semblante descaído somente anseias
A paz encontrar nas encostas cobertas de areia
Tão somente ter um equilíbrio entre a vida e a natureza
Obter a sintonia da vida sem derramar lágrimas altaneiras
Ó alma minha...tão triste, tão certeira
Que chora nas altas horas ...infeliz madrugadeira
Põe-te somente em alerta
Pois não sabe o que verás no dia após
Prepara-te para seguir os tristes desafios que a vida te propõe
Sem sequer te dar oportunidades de seguir adiante
De sorrir diante das maravilhas que seus olhos tanto procuram
Viver construindo a felicidade dia a dia
Pertencer a quem realmente pode te amar
Seguir seus instintos e se entregar
Triste alma solitária...
Triste alma infeliz...
Que ouve os pios da ave agourenta
Te impelindo para o mar de tormentas
Livra-me ó minha alma triste cansada , abatida
Por que me abates assim ó alma entristecida
Afaste de mim as agrúrias da vida
Já não quero ouvir o som dos seus gemidos de ais
Minha pobre alma sedenta
Me faz retornar ao seio da minha mãe que um dia partiu
Deixando-me órfã da vida e alegria
Será que ao menos tenho esse direito
De te pedir que me ampares nesta desdita?
Não se torne uma alma cativa
Estou aqui...olhe para mim, me enxergue e responda
Aos meus pedidos de socorro inauditos.
Autora : Margareth Rafael
A poetisa de alma branca