Rancoroso

Fui sendo louca

Despida de argumentos mentais

Foi despercebia aos olhos fracos

Noturna quando raiou o dia

Da fraqueza mais ardente

Uma delas foi me deixar levar feito folha ao vento,

Foram os outros que foram a força

Da qual tinha que ser eu

Coração partido de dor

Dor complacente na perda

Por tudo que não veio aos meus olhos

Fui caindo na tentação de não querer saber

Em uma noite escura

Vi meu retrato no fogo

Queimando na aleira

O que suas chamas eram ferventes

Vi pouco de mim

Da garotinha que gostava de sonhar

Meus nervos foram indo como gotas de chuva no orvalho

Como um amor perdido pelo seu tempo esquecido

Quando me dei um beliscão de atenção

Foi me saindo um peso de uma culpa

Da qual carreguei pelo resto da minha vida,

E foi isso que me deixou enlouquecer

Como não tinha boca pra nada

A boca foi ficando sem ter no que dizer

Como me matavam por ser assim

É que não deu pra ser diferente

Meu maior medo,

O de não saber dizer a verdade e um não

O meu maior desespero

Foi o fato de não saber o que escolher o certo

Minha bagunça se fez completa

Em um estado do qual não deixava de ser o meu

Sua voz foi sendo fraca e ríspida

Como unhas arranhando o quadro negro,

Foi ficando insuportável

Tudo que construí foi definhando

Tudo diante de um olhar

Que por tantos medos, traumas, fraquezas foi ficando rancoroso.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 10/02/2014
Código do texto: T4685904
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