ENQUANTO O SOL DESCANSA
Flocos de neve descem do nada
É o nada do infinito: despensa de mistérios
A terra ornada de branco gelo
O Sol hibernando em um retiro distante
E o vento gélido de um solstício de inverno
Sibila em sons ululantes
Nas casinhas encobertas, a fumaça da chaminé sobe alegre
Enquanto ela sobe acinzentada desce os flocos tão mimosos
São brumas delicadas de um freezer lá no céu
São segredos de esponjinhas celestes
Tão gelado os floquinhos! Queima a pele, quem diria?!
Que flamejante abstração!
Dissolvem em forma d’água e escorrem pelo chão.
Meu olhar dos sentimentos ilhados
Aquecem na lareira os pensamentos
Enquanto o Sol descansa
O inverno está lá fora cantando
Eu aqui dentro uma flâmula
Em odes de encantamento