ENQUANTO O SOL DESCANSA

Flocos de neve descem do nada

É o nada do infinito: despensa de mistérios

A terra ornada de branco gelo

O Sol hibernando em um retiro distante

E o vento gélido de um solstício de inverno

Sibila em sons ululantes

Nas casinhas encobertas, a fumaça da chaminé sobe alegre

Enquanto ela sobe acinzentada desce os flocos tão mimosos

São brumas delicadas de um freezer lá no céu

São segredos de esponjinhas celestes

Tão gelado os floquinhos! Queima a pele, quem diria?!

Que flamejante abstração!

Dissolvem em forma d’água e escorrem pelo chão.

Meu olhar dos sentimentos ilhados

Aquecem na lareira os pensamentos

Enquanto o Sol descansa

O inverno está lá fora cantando

Eu aqui dentro uma flâmula

Em odes de encantamento

Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 20/01/2014
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