Amargo Pranto Amoroso

Por muitas vezes

Tive certeza

Que você era

Meu príncipe encantado

Meu anjo celeste

Meu amor eterno

Tinha certeza

Que seu amor

Era real

Leal

E fiel

Até as borboletas

Disseram-me

Que era verdadeiro

A Lua foi mais esperta

E disse-me

Que era ingênua

E boba

Em acreditar no amor

De um garoto imaturo

Hoje estou aqui

Lamentando-me

Lacrimejando

O amor que jamais existiu

O amor que brotou

De rosas vermelhas

Hoje não passa

De céu acinzentado

Era tão belo

Quanto as gérberas roxas

Que hoje

Têm pétalas caídas ao chão

Pisoteadas

Por pessoas sem coração

Por pessoas cruéis

Por pessoas como você

Que não souberam

Admirar

Aproveitar

O amor dado

Pessoas como ela, Borboleta Negra,

Esmagaram sentimentos

Apagaram palavras

Juras

Escritas nas nuvens

Ela fez

Com que minha confiança

Com que minha vontade

De dar a voltar à alegria

Fosse ao chão

Voltasse ao pó

Caísse

Vocês só me fizeram chorar

Fizeram-me derramar o pranto amargo

Pranto este

Que estava guardado para apenas um

Foi derramado por dois

Como pode você, menino de palavras filosóficas

Fazer uma doce menina

Chorar

Odiar

Derramar lágrimas amargas?

Não é digno de tal amor

Amor puro

Amor sincero

Amor angelical

Você só pode ser

Um anjo caído

Com as asas arrancadas

Com poder de magoar

E acabar com mais belo sentimento

Você merece

A dor sentida

Merece perder o chão

Com um adeus

Merece perecer

Por tamanha frieza

E falta de coração

Oh Lua querida,

Tira do meu peito jovem

Este sentimento horrendo

Que acaba de nascer

Dedico este poema ao meu eterno amigo, Yago...

Pois ele foi muito mais que um amor de outono...

Foi um irmão pra eternidade...

Um amigo do lado direito do peito...

Belda Hay
Enviado por Belda Hay em 26/04/2007
Reeditado em 08/05/2007
Código do texto: T465022
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