Poesia encharcada
A tarde espreme seu lenço cinza e chora plenamente.
O frio pranto escorre pelas ruas descalças
E desenha sinuosos sulcos no arenoso leito
Das úmidas lembranças de minha infância.
Sons de canhões ribombeiam nos confins celestes
Sucedendo espásticos e tétricos fulgores elétricos no ar.
A ventania corta o tempo e recorta a trêmula paisagem.
A vida pára...
A alma gela...
Na chuva somos todos filósofos e poetas!
A tarde espreme seu lenço cinza e chora plenamente.
O frio pranto escorre pelas ruas descalças
E desenha sinuosos sulcos no arenoso leito
Das úmidas lembranças de minha infância.
Sons de canhões ribombeiam nos confins celestes
Sucedendo espásticos e tétricos fulgores elétricos no ar.
A ventania corta o tempo e recorta a trêmula paisagem.
A vida pára...
A alma gela...
Na chuva somos todos filósofos e poetas!