Arbitrariedade do amor
Havia um profeta que me encomendava
Falando de um amor transparente
Ainda que inocente, indecente quem sabe?
O poeta traçando linhas imaginarias
Arbitrarias, contrariando a magia
Quen nem sei onde estava a rima
A criança de tranças, menina com esperança
Alijando-se pedindo a esperança e o desejo
Querendo ser uma mulher sem ser
Vivendo por querer viver
O menino ainda pequeno, olhava pro alto
Como se pedindo ao supremo a chance de crescer
As pernas ainda bambas e sem entender
Entendendo tudo se querer
A mulher com o corpo arrendado, tudo vendido
Ainda com esperança de ter um amor
Carregando o odor de alguém já usado
No abuso de que tem nenhum valor
O homem estendido, imaginando seus desejos
Esperando a indecência sem querer entender
Abusam da inocência sem rimar
E o amor supremo da magia
Imaginaria a mulher vendida
Em uma cama fedida, sem amor
Olhando pro alto sem os desejos
Mas mesmo pequeno carregando
A inocente mania de achar que ama.