Arbitrariedade do amor

Havia um profeta que me encomendava

Falando de um amor transparente

Ainda que inocente, indecente quem sabe?

O poeta traçando linhas imaginarias

Arbitrarias, contrariando a magia

Quen nem sei onde estava a rima

A criança de tranças, menina com esperança

Alijando-se pedindo a esperança e o desejo

Querendo ser uma mulher sem ser

Vivendo por querer viver

O menino ainda pequeno, olhava pro alto

Como se pedindo ao supremo a chance de crescer

As pernas ainda bambas e sem entender

Entendendo tudo se querer

A mulher com o corpo arrendado, tudo vendido

Ainda com esperança de ter um amor

Carregando o odor de alguém já usado

No abuso de que tem nenhum valor

O homem estendido, imaginando seus desejos

Esperando a indecência sem querer entender

Abusam da inocência sem rimar

E o amor supremo da magia

Imaginaria a mulher vendida

Em uma cama fedida, sem amor

Olhando pro alto sem os desejos

Mas mesmo pequeno carregando

A inocente mania de achar que ama.

luiz machado
Enviado por luiz machado em 13/12/2013
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