Lavrador
Aurora minha aurora
Porque canto agora
A restinga sonolenta
Cuja beleza aflora
O coro da passarada
Desperta a invernada
E o sorriso de quem adora
O balanço da valsa
O ritmo da salsa
Na fazenda do grotão
O riacho cortando lá embaixo
Em grande afirmação
As cores da natureza
Traz tanta nobreza
Para este rico sertão
Recheado de arvoredo
Nesta manhã tão cedo
No sincretismo da paixão
Boca que exclama palavras
A própria sombra no ar
Ri ou tenta chorar
Na comporta da saudade
Amando quem não me ama
Torno um santo de bondade
Ao som do coração.