CIFRA NEGRA...
O meu conceito crime derradeiro, talvez não tenha pena capital,
Que me valha fugir desse jeito ou viver inferno astral.
Delito de roubar um beijo, um abraço tão furtivo e fatal,
Porém culposo, assim o determino por ter feito tanto mal.
Perdido ato, mas registrado no peito,
Uma história que ficou no tempo,
Vagando nas brisas ou tormenta tropical.
Sussurrar que chega dum anjo, consciência ruim,
Ouço não da tua voz, soa lá de dentro de mim,
Delével, despencar de um sonho tão real.
Minha cifra negra que beira a loucura,
Posto que seja o que não me cura,
Transpassa a minha alma em riso artificial.
Delével, minha alma em cifra negra,
Não deleta esse sonho que me faz ser tão mau...
Delével... Esse sussurrar nefasto e brutal.