VÉRTICE

Abro as janelas

Fico no ângulo delas

E espio o dia entrar pela casa.

A luz do dia dança na minha frente

A princípio nada me apraz

A luz intensifica, a dança insiste

E vem certa paz aos sentidos.

Estou no ângulo

No vértice das janelas abertas

Que me convidam pra fora.

Não vou

Temo a imensidão dos dias.

Transformo-me em “namoradeira”

e da minha janela penso no vir-a ser

Enquanto o dia se despede.

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 25/11/2013
Código do texto: T4586349
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