Poesia- Lua Nova

As águas choram o meu pranto

Perto e longe do remanso

A vida para mim está angustiante

Sufoco um grito cortante.

As pedras sentem o meu lamento

Até se mexem do lugar

Aos poucos seguem as trilhas

Descendo pedreiras abaixo.

As folhas aspiram minha dor

Em grande e profundo lamento

Eis que elas farfalham

Ao som do bailado do vento.

As flores exalam o perfume

Que teria de sair de mim

Mas na minha angústia sai um grito sufocante

Que aperta o meu peito afoito.

Onde estará ó esperança infinda?

Por que esconde seu rosto de mim?

Vem , mostra-me sua face

Vê o meu desbotado sorriso que aos poucos afasta de mim.

Quero ser lua nova no céu

Quero ser estrela amarela a vagar

Quero ser um ponto longínquo neste véu

Doloroso de viver, mas com nuvens movendo para me amparar.

De repente veio a angústia da vida

A tristeza de não ser ninguém

Ah! Se eu tivesse posses

Não seria tão bombardeada assim!!!

Quem sabe eu tivesse riquezas

Não passaria por sofrimento assim!!!

Vem , agrúrias da minha vida

Lamentos de minha alma

Não deixe que eu morra

Sem ver novamente a aurora.

Autora: Margareth Rafael

A poetisa de alma branca.