***Alma sedenta
Desdobrei-me a correr.
Por um caminho!
Soar de instante.
Um passo!
Entre a alegria e o espanto.
Me assisti falar.
Do amor!da dor!
Que desse corpo sobe.
Iluminado!
Em que a pressão ansiosa.
Ha de chegar!
Da luz!cerro levemente meus olhos!
Outrora beleza viva.
Hoje porém perdida.
Povoada de sonhos.
Minh'alma tinha.
Haverá quem exprime.
Alma impiedosa e escrava.
Desfaço-me em lodo.
Ao que deslumbrava.
E o que a boca não diz.
A mão não escreve.
E em turbilhão.
O pensamento ferve
E quando acordo.
Acordo em ruínas.
É nessas noites_que perdida.
Aspiro indefinidamente.
Uma fatal saudade!