Instantes...que me escorrem!
Me inquieta tanto!
O badalar dos sinos.
Na capela dos meus sonhos.
Que me parece,
Que o tempo tece
De sons pungentes.
Todos meus instantes.
Insanos momentos que punge!
De dor que as vezes chora,
De riso, que sempre me foge.
Me agarro aos minutos que vem,
Em desterro aos que passou.
Hei que me pareço,
Agitar nesse vácuo,
A face a um beijo ardente.
Este pode me ser! O altivo pecado!
Que de remorsos me quebranta.
Tão assim! miserável e pequena!
Morre assim!
Meu último desejo que trago!
Inda cheia de últimos gemidos!
Inda cheia de últimos afagos!