Velho Orvalho

Piedosamente escondo-me

como velho orvalho

casmurro no meu morno

canto seguro.

Pasmada e imóvel,

aquieto o coração,

pedra da alma.

Ouço apenas o

leve pulsar da

vida em mim mesma,

metamorfose emocional.

Sussurro silenciosamente

oprimidos gritos de

enfadonhos desalentos,

indecoroso vômito

sufocante.

Toco-me sutilmente

em minhas míseras

conformidades,

diarréia de

vil decência.

Enojada cuspo

deliberadamente todos

os vírus das

injuriosas culpas.

Metamorfoseada abro

minhas minhas asas

e saio a cantar

uma nova vida.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 01/07/2013
Reeditado em 01/07/2013
Código do texto: T4366589
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