Maravida (em homenagem)
Eu quero ver a vida,
como quem fecha os olhos diante
de um demente clarão
Eu quero rir a vida
como quem rir ao louco
a loucura
e a plena realidade
Eu quero beber a vida
como um vinho tinto
seco
ao ponto de gelo
sentado numa beira mar
E degustar queijos!
Assim eu quero comer a vida
comer! como quem
tenta, experimentar o majar dos deuses
Intragável! aos seres humanos
Eu quero andar na vida
como quem não tem rumo
e se perde aos braços de um amor
Eu quero correr na vida
como quem perde a hora do trabalho
mas sabe bem ao certo,
que aquilo na verdade não importa
Eu quero SER a vida
como sou, como vejo, como sinto
como faço.