Soneto de uma pouca idade

Com passo gastos caminho para o pó.

Um resto de vida.

Uma sobra.

Um filete de luz.

Sou dilacerada por números.

A cada aniversário,

uma dor.

Meu tormento, chega aos poucos.

Aprecia meu pouco EU

com olhos de fome

e lábios molhados.

Sou querida pelo fim.

Esperada pela terra.

Amada pela morte!

Lélia Borgo
Enviado por Lélia Borgo em 14/06/2013
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