Magia da Noite
A noite que impoluta cai
silenciosa sombra infinita
a treva que chega mansa
abriga nos sonhos tranqüilos
a penumbra que tudo assume.
No vento que tudo balança
os arbustos fazem malabarismo
que neste assombramento assusta
com o movimento da folha que cai
faz o vento gemer veemente.
No sutil rumor da noite
a busca dos reles mortais
lugares tranqüilos para ficar
sem ninguém para atrapalhar
sozinhos testemunhas do luar.
Fitando-a no firmamento
meus olhos brilham intensamente
tentando desvendar em seu criador
o contexto das suas cores
que nos encanta tão loucamente.
A noite que me encanta
que me abriga na sua penumbra
em casa sinto-me protegido
da janela vejo seu negrume chegando
e a luz dos postes te iluminando.
Na alma de um sonhador
que busca no seio da escuridão
contando estrelas da constelação
procurando agasalhar o coração
na conquista de nossos sentimentos.
Nesta hora temos tantos tormentos
a respiração que fica acelerada
ofegante das batidas do peito
do barulho que acontece lá fora
são os efeitos da noite escura.
È o teto do mendigo solitário
que se abriga em qualquer canto
conhece a noite como estudiosos
não tem medo do relento
sentença dolorosa do abandonado.
À noite, agasalho de tantos amores
o refúgio dos muitos casais
a noite erma, tranqüila e deserta
esconde encantos na pureza d’alma
onde sentimentos se revelam como o vento.
Amo-te, ó noite enluarada
que me leva a sorrir e chorar
dos altos e baixos da vida
tantas coisas a pensar e fazer
não vejo à hora da noite chegar.
Você noite que passa mansinha
no seu silencio só me trás alegrias
após o dia de muita agitação
com você passo minha vida
hoje sou um rapaz, amanhã um velhinho.
Celso Ant. Dembiski