METADE INFÂNCIA METADE VELHICE

Sou duas metades de mim mesmo,

Metade infância, metade velhice,

Tenho comportamentos diferentes,

Numa metade sinto-me criança,

Noutra metade acho-me vértice.

Enquanto criança sou ingénuo,

Minhas atitudes são imberbes,

Na velhice, sou mais maduro,

Tomo decisões de mais sisudo.

Meus namoros são tão infantis,

Q'as meúdas se desinteressam,

Na idade de maduro, os namoros

São mais saborosos e amorosos.

Em creança os sonhos são muitos,

Difíceis de concretizar, de ingénuos,

Enquanto que na velhice, os sonhos

Se esvaziam, por serem medonhos.

Ruy Serrano, 13.06.2013

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 12/06/2013
Reeditado em 13/06/2013
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