Lagoa Poética
A lagoa era quem era a poeta
Quando a rã saltava
Ela balbuciava o haicai
Quando ela amerissava
Nas folhas semi-afogadas
Do aguapé
Tocando cada pé
Levemente na pele
Película nervura
Da folha
Som bolhas água silêncio
No igarapé
Os versos estavam gravados
E desenhados
Nas minhas córneas dilatadas
E extasiada de tanta beleza
O martelo dos meus ouvidos
Esculpia e ouvia
O ponto final.
Luiz Alfredo - poeta