Entre a vida e a morte
Poderia a raiva ser traduzida em doces versos
E esses verbos de línguas sorrateiras, mais perversos.
Desenrolar encantos apaziguando tais desejos...
E sentir-te queimando em teus próprios lampejos
Poderia eu e você sermos mais sinceros, mais verdadeiros
E deixarmos para trás todos aqueles impropérios...
Ditos... Banidos de uma vez por todas
Trancafiados em alguma masmorra de nossos peitos
Nesse buraco negro de nossa alma decadente
Nessa espera complacente ignorante e indecente
Em uma subsistência física e material o que fica?
Sobre nossas cabeças essa chama
Sob nossos pés essa lama
E entre a vida e a morte: A Sorte!