Natureza, uma dádiva

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Ao céu, nuvens turvas, pesadas;

E nas águas barrentas,

a cristalina paisagem que me apraz.

A dualidade colorida:

o rosa se imiscuindo na relva...

o solitário homem pedalando,

no barquinho verde, em contraponto.

A vegetação é um convite.

Meus sonhos, esverdeados,

pululam dentro de mim.

Quero o aconchego do lar...

Deitar na rede que, certamente,

existe dentro do alpendre.

Proteger-me... De quê?

Mesmo sem os porquês,

ao mergulhar nessa água,

e me soltar feito criança,

livre – liberdade gratuita –,

manterei pela vida o corpo em riste,

proclamando a vida, a vida plena,

que somente a gentil natureza,

sem cobrar nada, sempre nos dá.

Crato-CE, 21 de maio de 2013.

22h27min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 21/05/2013
Código do texto: T4302343
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