AMANHECEU!
Posso ver a luz do sol
Dourada refletida na vidraça
Lá fora o astro beija a relva
Ainda há gotas de orvalho nas folhas.
A flor de Maio agradecida
Botões se abrindo sorrindo
Na soleira da janela
A vida me convida!
O dever me chama!
Pulo logo da cama...
Ouço o morro me chamando
O caminho é longo... Longo.
Há tanta vida lá em cima
A paisagem é Divina!
Não vou pegar nenhum atalho
Sinto o perfume do mato
Os Eucaliptos dançando
Os lírios do campo são brancos
As pedras estão chorando
O morro está acordando!
Lá de cima eu vejo a avenida
Apressada no corre corre
Não tem vaquinha pastando
Nem passarinho cantando
As árvores são cinza
De tanto engolir fumaça
As pessoas se atropelam
E não se cumprimentam
A vida no monte é rústica
Mas tem acústica... Melodia!
A natureza canta!
Ouço o som da cachoeira.
As águas cristalinas translúcidas
Deslizam bailando como bailarinas
Com movimentos suaves caindo...
Para o abraço do lago
No espelho do lago as nuvens
Escabeladas se mirando
Enquanto as águas se banham
No azul do céu refletido.