ANÁLISE NO MEIO DA RUA
Flutuo
como bêbado
no fio do meio
do meio fio...
Estou como
mendigo no
leito da sarjeta...
Abre-se o verde,
fico cinza...medo...
todos os olhos
postos em mim...
faróis me buscam
tenho mais medo...
O céu despeja
seu consolo: chuva,
me inundo de consciência...
Lanço mão de centavos...
sonho grande em loteria,
mas me embriago de
decepção, me entorpeço
de vazio...fico cheio,
quero ser eterno...ser
vagabundo...revolta:
não quero mais voltar
para casa e viver social
patologia...cumprir
pena...ser fiel...ser
escravo do sistema...!
Ter felicidade imposta
pelos homens...!