Alguém que me ouça...
Momentos existiram, em minha longa vida,
Em que me vi só, desamparado de tudo,
Distante das pessoas que me foram queridas,
A quem busquei alento para continuar, contudo.
E estas, com total indiferença ao passado vivido,
Aos tantos sonhos sonhados, vivendo a própria sorte,
Voltaram-me as costas, melhor que não houvesse sido,
Fizeram-me descrer da vida e, até mesmo, desejar a morte.
Em meu desespero por tanta desamor, constrito,
Embrenhei-me no mais íntimo de mim, fugidio,
Contidas as lágrimas e na garganta o próprio grito.
Hoje, refeito, retomo à vida, só necessito de alguém
Que me ouça, que não me julgue ou subestime, vadio,
E que nem me analise, apenas me ouça... também.
Momentos existiram, em minha longa vida,
Em que me vi só, desamparado de tudo,
Distante das pessoas que me foram queridas,
A quem busquei alento para continuar, contudo.
E estas, com total indiferença ao passado vivido,
Aos tantos sonhos sonhados, vivendo a própria sorte,
Voltaram-me as costas, melhor que não houvesse sido,
Fizeram-me descrer da vida e, até mesmo, desejar a morte.
Em meu desespero por tanta desamor, constrito,
Embrenhei-me no mais íntimo de mim, fugidio,
Contidas as lágrimas e na garganta o próprio grito.
Hoje, refeito, retomo à vida, só necessito de alguém
Que me ouça, que não me julgue ou subestime, vadio,
E que nem me analise, apenas me ouça... também.